ENFISA 2014
Para mim o ENFISA
Durante o evento nacional realizado em São Luís, MA, em 2010, foram colhidos depoimentos com participantes do ENFISA. Eles falaram sobre a importância do evento. Assista aos vídeos e leia os depoimentos na íntegra:
Alfredo Takehana. Fiscal federal agropecuário, MAPA.
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“O ENFISA É IMPORTANTE PARA a harmonização dos procedimentos de fiscalização e também verificar toda a legalidade do uso de produtos agrotóxicos no país. Dos 27 Estados, todos tem participado das reuniões e colaborado com a apresentação de suas atividades dentro da fiscalização de agrotóxicos. Desde 2005, todas as atividades de fiscalização foram editadas e compiladas para que a atividade desenvolvida pelos estados seja também acompanhada pelos outros colegas da fiscalização federal ou estadual. A atividade nossa tem sido muito relevante e de grande importância para a sociedade brasileira e temos um grande avanço tanto na área de devolução de embalagens quanto no uso correto de agrotóxicos no Brasil.”
Aníbal Figueiredo, responsável técnico fiscalização de agrotóxicos, SFA-MG
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Dos encontros que eu participei, tenho notado uma grande evolução nesse período, tendo em vista a maior integração entre as empresas do setor de agronegócios e também o pessoal da fiscalização estadual. Acho muito importante esse tipo de parceria, que tem muito a somar para a melhoria de fiscalização e para a qualidade dos produtos e alimentos produzidos no Brasil. É nítido ver a importância do evento, quando a gente observa o interesse do público na participação nas palestras, nas discussões, levantamento de dúvidas. Eu acho que o evento tem evoluído muito.
Antônio Carlos Fraga, SFA-SE
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Tenho participado dos encontros regionais e nacionais. O ultimo que participei foi em Vitória/ES, onde foram levantados vários problemas relativos à fiscalização de agrotóxicos e também a aplicação dessa legislação na fiscalização das lojas comerciais e das indústrias. Eu acho importante porque há uma integração entre os fiscais federais e os fiscais agropecuários que fazem parte do MAPA. De todos os encontros que participei o que eu considero importante, é que se tem feito uma carta de intenções e assim cria-se uma agenda para resolver os problemas futuramente. Nesta edição de São Luís, já foi apontada uma questão importante, que é sobre os recursos que devem ser destinados aos estados para que sejam feitas as fiscalizações. Como na área de defesa sanitária vegetal o Governo Federal, através do MAPA, passa recursos para que seja feita a fiscalização, então a proposta nossa é que o Governo faça um convênio ou qualquer sistema de repasse de recursos para o estado, para que os estados possam exercer essa atividade. Para que isso aconteça também, os fiscais precisam se organizar e se tornar uma categoria. Isso porque em muitos estados a carreira de fiscal ainda não está regulamentada. Isso é importante. Que seja feito um sindicato para fazer reivindicações. Nós temos as associações, mas para reivindicações o sindicato é um caminho mais viável e mais forte. Os encontros são importantes para que os gargalos da área de fiscalização de agrotóxicos sejam resolvidos, ano a ano.
Antonio Miyasaka, chefe de Divisão de Fiscalização da Coordenação Geral de Agrotóxicos e Afins, MAPA/DF
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Sobre o Enfisa, eu tenho participado nos últimos quatro anos e a gente vê nitidamente a evolução desses encontros. Principalmente a relação entre os estados, tendo em vista a importância da harmonização das legislações, que estas tenham uma direção. Isso estamos conseguindo com as reuniões freqüentes, os encontros regionais. E finaliza todos os anos nesse encontro nacional. Percebemos que todos os fiscais estaduais de várias regiões estão trocando informações. Um estado está ciente do que o outro está fazendo de melhor em fiscalização. A gente vê que essa evolução da fiscalização está mais consistente e com um objetivo só, que é levar produtos e utilização desses agrotóxicos de modo correto.
Cláudio Calábria, SFA/PE
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O que eu tenho observado em termos de evolução dos encontros, é o nível de debate, o nível de responsabilidade e as respostas e os sucessos obtidos. Participei da edição anterior e houve uma melhora significativa com relação aos compromissos assumidos. Espero que aqui (São Luís) novamente seja apresentada uma resposta satisfatória. É muito importante porque o MAPA sozinho não consegue obter todo o sucesso esperado, precisa contar com o apoio de todo segmento para juntos alcançar os resultados almejados.
Delma Peixoto, ADAB
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Nós acompanhamos desde o primeiro seminário. Os dois primeiros realizados em Minas Gerais e logo depois nós fizemos em Salvador, em 2004 e foi uma experiência maravilhosa. Nós estamos aprendendo a cada ano, nós conseguimos harmonizar todos os trabalhos, em todos os estados. Hoje, ao fazer uma análise do primeiro até hoje,o oitavo, nós a diferença, a união com que os estados trabalham, a experiência que é passada de um estado pro outro. Enfim, nós crescemos muito. As experiências tem sido maravilhosas. Porque no começo era cada um por si, cada um fazia da maneira que achava melhor. Hoje já há um aprimoramento, estamos refinando todos os trabalhos, já considerando que todos os estados trabalham de uma forma harmônica. A integração dos órgãos de Governo com as empresas é perfeita. E mais, com a divulgação do uso dos produtos, vemos que já não há tanta barbaridade no campo porque foi feito um trabalho educativo, conjunto. É isso que faz crescer. Nós nos sentimos muito felizes com esse progresso.
Ezron Leite Thompson, IDAF/ES
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Tenho participado desde o inicio dos encontros de fiscalização e seminários. Tem sido uma experiência bastante positiva essa troca de informações entre os fiscais, os conteúdos técnicos. A gente tem percebido uma evolução de todos os estados no sentido da fiscalização. No ano passado Espírito Santo teve a oportunidade de receber o 7° Encontro e para o estado foi um momento bastante interessante, porque nós, além da troca de experiências com os outros estados, nós também conseguimos oxigenar, ou seja, levar maiores informações tanto aos colegas do IDAF que trabalham com a fiscalização, assim como os colegas que trabalham em outros setores, como a extensão rural,na emissão de receitas agronômicas e etc. esse é um fator positivo, uma nova carga, de ânimo. Então, receber um evento desse porte, com a qualidade das informações que normalmente circulam dentro desses eventos, é um prazer, uma honra muito grande para o estado.
Francisco Ratzki, MAPA/SC
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Eu tenho participado desses encontros desde 2005 e tenho observado um grande avanço na integração. Durante minha pública, como dirigente de organismos (Secretaria de Agricultura de Santa Catarina e superintendente SFA/SC) eu sempre me preocupei com reuniões e seminários porque isso traz uma integração muito grande e homogeneização de atuação. Por isso eu acho que o ENFISA tem como grande mérito a integração dos órgãos federais e estaduais. Nós temos tentado isso em Santa Catarina, temos tido algum problema com o órgão do meio ambiente , mas como um todo lá também nós temos conseguido êxito com o governo do estado, através da CIDASC e também com órgão federal com o IBAMA e policia ambiental. Assim, é fundamental a continuidade desse processo e os avanços são notórios. Hoje se você pegar qualquer planinha de resultados da fiscalização da indústria e do comercio, a gente verifica que houve um grande aumento dessa ações de maneira integrada.
Girabis Evangelista Ramos, MAPA/DF
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A importância dos encontros de fiscalização e do seminários, dos quais eu participei de quase todos, sobre a coordenação do MAPA é importante que se eleve o nível das fiscalizações estaduais, de acordo com a aplicação da lei federal e das legislações estaduais. Desde o primeiro seminário nota-se que é crescente a melhoria dos estados. Hoje o assunto agrotóxico é de grande relevância para a agricultura brasileira, para a sociedade e consumidor. Por isso a função do MAPA é trazer as fiscalizações para esses encontros, significa harmonizar procedimentos. Controles sobre o uso, o comércio, da produção. E, ainda, tanto o Ministério quanto os órgãos estaduais, estão empenhados em combater o contrabando de agrotóxicos ilegais, isso é altamente relevante para a saúde pública e para a agricultura brasileira. Também é preciso ressaltar que alguns estados possuem leis e regulamentos, mas que ainda não são aplicados, então os encontros servem também como estímulo para que as equipes estaduais venham a aplicar a lei. Sobre a organização dos eventos, esta melhorou muito, temos chamado a atenção da comunidade ligada ao assunto de que existe um ambiente onde o assunto agrotóxico está sendo discutido e isso para a sociedade brasileira é muito importante.
José Roberto Da Ros, SINDAG
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Este é oitavo encontro de agrotóxicos, que como os outros, tem a participação ativa do SINDAG. O seminário é muito importante, porque nós temos um bom relacionamento com o MAPA, mas a parte de fiscalização do comércio e uso é delegada aos estados. É muito interessante você ter todos os estados juntos para se harmonizar a fiscalização, porque seria muito difícil você atender a 27 legislações diferentes sobre o uso de agrotóxicos. Uma vez que etsão todos juntos, de cada reunião sai uma carta que vai regulamentando de uma maneira harmônica as fiscalizações nos estados. Além da fiscalização, nós somos obrigados por lei a ter o cadastro estadual e os estados são livre para paedir nos requerimentos aquilo que eles julgam necessário. Então para nós também interessante que haja harmonização nessa questão, de forma que a indústria possa se preparar para cadastrar nos 27 estados de uma maneira uniforme. Esse trabalho é muito importante, porque no começo não existia essa harmonização entre os estados e isso avançou muito. Os encontros regionais são grandes facilitadores dos diálogos e troca de experiências entre os estados. Temos visto claramente que o progresso tem sido obtido ano após ano. Outro ponto é que dentro da carreira do fiscal agropecuário, ficou estabelecido que uma das funções é a fiscalização dos agrotóxicos ilegais (contrabandeados, roubados ou falsificados) e isto tem possibilitado parcerias como por exemplo a Secretaria de Agricultura, órgão do Meio Ambiente, Polícia Federal, cada um dentro das suas atribuições e competências, isto tem dado muito certo e teve origem nesses seminários.
Juliana Hosken, INPEV
O INPEv tem muito orgulho de ter participado, apoiado e patrocinado tantos os encontros regionais quanto os seminários nacionais desde a sua primeira edição em 2002. Pra nós é de extrema importância nossa participação ativa nas discussões. A gente percebe o quanto é importante ter os fiscais e a estrutura que trabalha com agrotóxicos no país alinhadas e entendendo do assunto da destinação das embalagens. Desde quando começou o ENFISA é clara a evolução da qualidade do trabalho dos fisca muito bem organizado, tanto no formato das reuniões e quanto na forma de participação da indústria, muito bem definida. Interessante é que a rotatividade dos profissionais que trabalham nesse setor, tantos nos órgãos público, quanto nas entidades privadas, é baixa. Então as pessoas são as mesmas e com isso a evolução das discussões é evidente. A gente pretende, ano após ano, trazer cada vez mais pessoas pro ENFISA, porque nossa presença é muito importante para conversar com cada estado, poder discutir as demandas, as necessidades, os problemas e as soluções. Para nós é um orgulho ser um dos patrocinadores dessa iniciativa.
Júlio César Lima, SFA-MT
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Este é o terceiro encontro que participo. A primeira vez foi em Belém e eu senti que havia uma expectativa muito grande das equipes de fiscalização dos estados. Hoje é perceptível que as pessoas estão menos tímidas, mais confiantes, participativas e abertas a apresentar as situações de seus estados. Isso agrega valor à fiscalização. Do ano passado (2009) para este ano eu senti que os assuntos estão um pouco repetitivos. Alguns assuntos ficaram para ser melhor discutidos. Em geral está havendo uma maior integração entre o governo federal e os órgãos estaduais. Este ano estamos com a participação das secretarias de Saúde e do CREA. O evento tem evoluído e está somando para nossa área de fiscalização de agrotóxicos e insumos. Ainda temos muito o que trilhar. Precisamos discutir melhor as situações que envolvem a participação de mais de um estado, ou seja, mais de uma legislação. Precisamos caminhar para uma melhoria da legislação federal, para que esta sirva de apoio. É necessário um envolvimento maior da União.
Kalua Matos, ADAGRO/PE
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Comecei a participar dos encontros em 2006, de lá pra cá temos observado que houve um avanço muito grande na questão das participações dos fiscais por estado. Antes apenas um participava, hoje chegam a três. Isso representa um maior envolvimento dos órgãos, que estão dando a devida importância aos encontros. E a questão de determinações e decisões, através das cartas, também é um avanço. Sentimos apoio na fiscalização e buscamos melhorar nossa atuação.
Luciana Gusmão, MAPA/RS
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Eu participo dos encontros e do seminário nacional desde 2002. As discussões evoluíram a cada ano os fiscais começam a se integrar mais, os assuntos ficam mais conhecidos de todos. O evento está se tornando mais focado, mais profissional. Organizar o Nacional de 2006 foi uma experiência ótima, a gente aprende quando lida com pessoas, os obstáculos são grandes. O desafio é vencer os obstáculos sem que o público participante perceba. E o feedback das pessoas foi muito bom. A experiência foi sensacional, tanto pessoalmente quanto profissionalmente. Faria novamente. O Nacional de São Luís está muito bem estruturado, estou gostando. Os assuntos são pontuais, com discussões mais focadas. Achei interessante a formatação do tipo delegação por estado, evita interferências e desvios. Na minha opinião deve continuar esse formato.
Luís Carlos Ribeiro, ANDEF
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Participo desde 2006 como ANDEF. Em 2005 participei, mas pela indústria. Nós temos notado um crescimento muito grande do nível de discussão. Não dos fiscais federais,mas principalmente dos estados. Além do Nacional, nós fazemos também os três regionais (Norte, Nordeste, Centro-oeste/sul/sudeste). É perceptível também o aumento da harmonização de procedimentos e isso é muito importante. Nós que somos da indústria gostamos de ver esse desenvolvimento, já que nós que temos que cumprir as leis. Precisamos estar de acordo com cada estado, no cadastro, transporte, armazenamento, uso correto e seguro e tudo isso vem crescendo grandemente. O futuro desses eventos é cada vez amis interessante.temos uma legislação muito exigente, para se lançar um novo produto o desafio é enorme. O mercado hoje tem uma gama de defensivos que atende bem, mas há sempre espaço e por isso a indústria investe em pesquisa e desenvolvimento. Através da inovação tecnológica buscamos produtos mais seguros para o meio ambiente e eficácia no campo com dosagens cada vez menores. O lançamento de um produto novo pode chegar a U$$ 300 milhões de dólares. Por isso temos que trabalhar junto com o governo, em harmonia, para crescermos juntos.
Luís Henrique Michelin, ADAPEC/TO
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Nós participamos, enquanto agência, desde 2002. Então nós fazemos parte desse grupo que trabalha na harmonização de procedimentos e entendemos a necessidade desses encontros, da participação conjunta de várias entidades (MAPA, órgãos estaduais, a indústria e o setor de produção). A partir de 2002 nós vimos uma nova perspectiva, um novo cenário para o setor, especialmente a união desses segmentos, que buscam não só a harmonização, mas a construção e a consolidação de um processo. Hoje em 2010 estamos colhendo os frutos que plantamos em 2002, como o envolvimento de praticamente todo o país para resolver problemas específicos através de uma visão nacional. Esse é o grande objetivo. E temos tido evolução nesse sentido. Outros segmentos vem adotando a mesma metodologia, a exemplo do Fonesa na área vegetal, que vem trabalhando encontros localizados. O Tocantins sediou um encontro regional e essa inclusão é muito importante. Nós temos um compromisso com o ENFISA e com a fiscalização de agrotóxicos nos país.
Magnos Bezerra, IDIARN/RN
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O ENFISA foi uma grande ideia tida pelos colegas do IMA, principalmente, que iniciou em 2002, em Belo Horizonte, com a luta incansável do nosso grande Nataniel, e fez com que fosse mobilizada toda a parte agronômica ligada a agrotóxicos. Foi um começo de muita luta. Tivemos várias formas de apresentar, com diversas discussões. A maior evolução está na forma como os assuntos estão sendo tratados, com mais profissionalismo. Esta mais fácil discutir os problemas localizados, através dos regionais, possibilitando novas formas de ação. O formato desse ano está diferenciado, facilitando ainda mais a troca de experiências. O evento está muito bem organizado, contando ainda com a colaboração da RIT DA (Rede de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária) que transmitiu todas as palestras em tempo real, fazendo com a informação chegue à sociedade. O estado de natal recebeu o regional este ano, pela primeira vez, e foi excelente. Os assuntos em pauta foram debatidos contando com a participação do setor público e da iniciativa privada. O foco é o bem comum da sociedade.
Marcos Caleiro, R&T Regulamentação e Treinamento
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Com muito prazer eu falo dos seminários, que começaram com uma iniciativa do Dr. Nataniel, que se propôs a realizar esta atividade juntamente com o Ministério da Agricultura, onde o Alfredo Takeana foi o pioneiro. A proposta era reunir os estados para propiciar a esses estados o esclarecimento de dúvidas e a uniformização de ações de fiscalização em todo o país. Uma ideia pioneira, muito bem implementada e executada e que até hoje se mostrou a melhor forma de trocar de opinião e ganhar tempo nessa harmonização de procedimentos. A evolução se dá na questão de dividir o seminário em regionais e nacional.os regionais tem como objetivo harmonizar procedimentos comuns nos estados das diferentes regiões do país. O evento nacional tem o objetivo de juntar as opiniões dos regionais e trazer respostas para as questões levantadas nos encontros regionais para os fiscais participantes. Em São Luís temos um evento de grande importância, porque comprova que o trabalho realizado nessa área, no Maranhão, cresceu. É um estado que precisa de ações de fiscalização e possui uma agricultura em desenvolvimento técnico e profissional. Certamente sediar o Nacional, para o Maranhão, é uma oportunidade que congrega a visão do país nesse estado. A Dra. Filomena que sempre implementou as ações de fiscalização pela AGED fez um trabalho exemplar e recebeu todos os estados de uma maneira muito profissional, com um dos melhores seminários que já pudemos ver. Parabéns aos organizadores.
Nataniel Diniz Nogueira, Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), MG
A idéia nasceu da necessidade que tivemos de harmonizar as legislações estaduais e os procedimentos de fiscalização e cadastro de agrotóxicos nas diversas Unidades da Federação, uma vez que cada Estado tinha seu procedimento próprio e muitas das vezes muito diferentes, quando havia essa atividade. Em outros casos, nem legislação havia e por isso, com o espírito de solidariedade e troca de experiências, o evento foi idealizado, ganhou respeito e se fortaleceu. O ENFISA é muito importante tanto para o setor público como para o privado porque se constitui em um fórum de discussão no qual as partes têm papel relevante na definição de temas que serão debatidos durante o evento bem como na colaboração mútua nas discussões de procedimentos de interesses comuns. O maior ganho do evento é que as Unidades da Federação têm a mesma importância. Com a amizade e confiança estabelecida as diferenças foram diminuindo e cada representante estadual ou institucional defende seu ponto de vista, aprende quando não sabe, ajuda quando pode e assim estabeleceu-se uma sinergia na qual cada um tem a sua participação e contribui da maneira que lhe é possível. O evento evoluiu tanto que hoje até já conta com uma sigla, ENFISA, fruto do crescimento que se verificou ao longo do seu desenvolvimento. A evolução mais significativa foi a criação dos encontros regionais, nos quais os Estados discutem problemas regionais de maneira mais detalhada e que podem ser projetados em âmbito nacional por ocasião do seminário Nacional, ou seja, as decisões dos eventos regionais são sempre respeitadas e apoiadas e assim ganhamos todos, somando esforços em busca da harmonização desejada que certamente trará ganhos mútuos e contribuirá para a sustentabilidade na agricultura nacional.
Regina Sugayama, Agropec Consultoria
Venho trabalhando na organização dos encontros desde 2006 quando foi realizado o Nacional em Bento Gonçalves (RS) e desde então eu participei de todos os encontros, exceto o Nacional de Vitória (2009). Ou seja, estive em 12 eventos nos últimos quatro anos. Em primeiro lugar, como consumidora, eu acho que o evento é muito importante á medida que os assuntos ligados a agrotóxicos são discutidos de uma maneira bastante técnica e também com o objetivo de sempre aumentar a fiscalização no uso e comércio de agrotóxicos. Digo isso como consumidora porque quando ouvimos falar sobre agrotóxicos na televisão, jornal e internet, é sempre revestido de um tom sensacionalista e por vezes, pouco técnico. Sai na TV que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, mas ninguém diz que se a gente ponderar o volume consumido pela área plantada, a gente consome bem menos que outros países. Também como consumidora é muito bom saber que existe uma conjugação de esforços entre o MAPA, os órgãos estaduais de defesa agropecuária e o setor de insumos (representado pelas associações) no sentido de promover programas de educação sanitária, ações de uso correto por parte do produtor. Isso pro consumidor é muito importante, assim os eventos tem grande relevância para o Brasil e devem continuar a ser realizados. É perceptível um amadurecimento a medida que os eventos vão avançando. A formatação adotada em 2010 foi muito bem sucedida porque permitiu uma discussão mais aprofundada dos temas nos encontros regionais. Também no Nacional a forma de delegações foi bastante eficaz porque promove uma maior integração entre os órgãos estaduais e as SFA’s, que passam a sentar na mesma mesa e falar do mesmo estado. Acho que essa formatação deve ser mantida para os próximos. Queria ressaltar que em 2010 tivemos uma participação, que avalio como muito positiva, de seis associações que representam o setor de insumos agrícolas. Porque anteriormente nós tínhamos poucos representantes participando dos encontros de fiscais e esse ano a gente chegou a ter oito representantes na sala de discussão, o que dá mais legitimidade às discussões e promove a troca de informações de uma maneira mais eficaz. Espero que o evento tenha continuidade, considerando a importância que ele tem para o país e que todos tenham conhecido o trabalho que a gente vem realizando sempre em parceria com o MAPA, com o apoio dos órgãos estaduais e a participação do setor de insumos. Estamos sempre abertos a sugestões de como melhorar o processo dos eventos. Algumas novidades que implementamos esse ano também é a transmissão em tempo integral das palestras pela internet, através da RIT DA (Rede de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária) e é uma parceria que deve continuar também. Outra novidade foi a sessão de posters onde pessoas do país todo são convidadas a apresentar trabalhos relacionados ao assunto e isso dá visibilidade ao que é feito no Brasil. E, ainda, foi realizado um levantamento sobre o que está acontecendo no Brasil em relação aos agrotóxicos, o que pode apontar estratégias de melhoria.
Sandra Regina Pinheiro Vieira, INDEA/MT
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Os eventos têm sido muito importantes pra gente conhecer e se entrosar com os colegas de outros estados, possibilitando a troca de documentos e materiais. Eu percebo que houve uma evolução muito grande em todos esses anos. Desde o começo todos os estados cresceram e se desenvolveram, tanto em ações quanto nas legislações. Através desses eventos nós somos motivados a crescer. Sempre tentamos implementar nos estados as sugestões que são extraídas dos encontros. A participação do MAPA também é de grande importância, porque acrescenta compromisso com os resultados. O Mato Grosso sediou o 4° evento Nacional e foi bem gratificante. É uma experiência muito boa receber os colegas e com certeza vai se repetir.
Vera Lúcia Amaral de Oliveira Pereira, IAGRO/MS
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Eu venho representado o estado do Mato Grosso do Sul nos encontros de agrotóxicos desde a primeira edição, em 2002. Foi minha primeira experiência. Eu, muito tímida, estava substituindo uma colega, e ali eu comecei a aprender sobre agrotóxicos. Foi um desafio entrar no setor, porque eu venho de uma outra área (classificação de grãos). Realmente eu venho aprendendo ao longo desses anos, amadurecendo, a começar a falar em público, porque antes eu não falava, minha timidez não permitia. Hoje eu vejo que a experiência que eu ganhei e que eu pude levar pro nosso estado foi muito grande. Nós já temos nossa legislação atualizada, um decreto regulamentado. Cada ano, cada discussão, pessoas novas que vem dar palestras e que nos apresentam coisas novas, a própria fiscalização, tido isso tem nos proporcionado amadurecimento. Na verdade a fiscalização de agrotóxicos não é algo fácil, é muito difícil porque você tem que chegar ao produtor e levar pra ele o uso correto, mostrar a ele que existe uma legislação e a posição de fiscal é muito delicada. Quando orientamos, estamos pensando na saúde do trabalhador e no meio ambiente. Ao longo desses anos tudo foi muito positivo. É lógico que cada estado tem sua peculiaridade, mas conseguimos ver que todos vêm evoluindo. No primeiro encontro Minas e Mato Grosso estavam muito além, e foi o que me proporcionou o aprendizado. E hoje eu já levo pra outros estados também a minha experiência. Os fatores negativos existem, mas são facilmente superados quando usamos de diálogo e bom senso. O interesse é que o Brasil chegue em um senso comum, uma metodologia igual. Nós sediamos um encontro regional em 2007 e foi muito difícil porque eu não tive apoio do estado, que não percebeu a importância. Por esse motivo eu estou tendo a vontade de realizar o Nacional em 2011 no Mato Grosso do Sul, com o apoio das pessoas e das entidades que nos ajudam, como a ANDEF,o INPEV, o Sindag. Nós temos vários elos ligados aos agrotóxicos que o estado precisa conhecer. O evento Nacional vai fazer com o agrotóxico seja visto como agricultura. Por isso eu vejo a realização como desafio, mas que no final será altamente positivo. Não nos falta vontade e comprometimento, estamos colaborando com a sociedade no que diz respeito à saúde, meio ambiente e agricultura. E isso só tende a progredir, não vamos deixar se desfazer nunca.