ENFISA 2014


Resumos das apresentações

 

Conceitos de tecnologia de aplicação terrestre e aérea

Wellington Pereira Alencar de Carvalho (Universidade Federal de Lavras)

Com a necessidade de fornecer alimentos a uma população crescente, com qualidade, a um custo compatível e de forma sustentável, onde a preservação não apenas do meio ambiente, mas o fornecimento de produtos com qualidade são aspectos importantes a serem observados. Para que consigamos produzir é fundamental conhecermos a natureza do alvo, os produtos que vamos utilizar no controle fitossanitário, nas adubações e para que consigamos o sucesso e os resultados esperados, é fundamental que se conheça também as máquinas aplicadoras e os aspectos envolvendo a tecnologia da aplicação. A somatória de conhecimentos, visando aplicar produtos químicos ou biológicos, de forma eficiente, com menor custo, menor impacto ambiental são as diretrizes da tecnologia da aplicação. A máxima produtividade, o menor custo de produção, maior eficiência, maior valor agregado devem resultar na melhor qualidade de aplicação. Entre os métodos de controle, o uso da pulverização terrestre e aérea apresentam suas particularidades e aspectos que devem ser conhecidos para que estes resultados possam determinar seu melhor emprego. Condições operacionais, meteorológicas, são importantes fatores determinantes para um bom emprego destas técnicas e conhece-las faz parte dos assuntos a serem discutidos nesta apresentação. 

 

Tomada de decisão de controle químico de doenças de plantas

Laércio Zambolim (Universidade Federal de Viçosa)

A tomada de decisão do controle de doenças de plantas é um dos mais iimportantes passos no uso racional de defensivos no controle de doenças de plantas. A tomada de decisão diz respeito ao inicio e intervalo de aplicação de defensivos. Os pontos que devem ser considerados são: 1- custo/benefício do controle quimico;2-Outros métodos alternativos de controle por exemplo disponibilidade de variedades resistentes; 3-A agressividade da doença/ patógeno; 4- Se o clima tem efeito marcante na doença/patógeno; 5-Os mecanismos de dispersão/sobrevivência do patógeno; 6-A eficiência de fungicidas no controle da doença;7-O período latente do patógeno nos tecidos da planta hospedeira; 8-O nível de incidência/severidade da doença; 9- O alvo biológico. 10-O tipo de patógeno (biotrófico, necrottorófico, hemibiotrófico) influencia também na tomada de decisão no controle de doenças; 10- Conhecimento do efeito dos nutrientes na severidade de doenças. Tem sido possível redução de 20 até 40 % do número de aplicação de fungicidas pelo conhecimento dos fatores que influenciam a tomada de decisão no controle de doenças.

 

Fiscalização do comércio e uso de agrotóxicos

João Miguel Tosato (ADAPAR)

Nesta apresentação serão mostradas as principais irregularidades encontradas pelos fiscais da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná – ADAPAR, com relação ao comércio e uso dos agrotóxicos. Estas fiscalizações são realizadas de maneira rotineira nos pontos de comércio de agrotóxicos, onde são verificados quais são os agrotóxicos e afins oferecidos, as condições de armazenagem, as condições das embalagens, as informações obrigatórias de rótulos e bulas, a comercialização dos agrotóxicos mediante apresentação da devida receita agronômica, entre outras previsões legais. Os agrotóxicos com irregularidades são interditados ao comércio e nos casos previstos em lei, processos administrativos são instaurados a partir dos Autos de Infração lavrados pelos fiscais. Serão apresentadas também as principais irregularidades cometidas pelos profissionais de agronomia nas prescrições das receitas agronômicas, bem como as irregularidades cometidas pelos usuários no momento da aplicação, as providências tomadas pelos fiscais estaduais nos estabelecimentos comerciais e nos locais de uso dos agrotóxicos. Além das autuações será demonstrado que cópias dos processos administrativos são encaminhadas ao Ministério Público para as providências cabíveis, principalmente nos casos de prescrição de receitas sem o correto diagnóstico a campo e nos casos em que o resultado das coletas de amostras dos produtos vegetais nas propriedades agrícolas indica a presença de resíduos de agrotóxicos proibidos para a cultura ou acima do Limite Máximo de Resíduo permitido pela legislação em vigor

 

 

Demandas e particularidades do setor florestal quanto ao uso de produtos fitossanitários

Álvaro Figueredo dos Santos (Embrapa Florestas)

O uso de produtos fitossanitários como estratégia de controle de pragas (insetos e patógenos) dentro do Manejo Integrado de Pragas em Florestas, é uma ferramenta que deve ser usada de forma equilibrada e em áreas de alto valor agregado, como: viveiros de produção de mudas, áreas de produção de sementes, ou plantios de alto valor comercial. Neste tema são discutidos os aspectos relacionados às dificuldades para a obtenção do registro e disponibilidade de produtos para o setor florestal, os métodos de avaliação de eficiência de produtos, aplicações e uso comercial e exemplos de pesquisas conduzidas no controle de pragas florestais.

 

Frutas, Hortaliças e Alimentos Seguros

Ossir Gorenstein (CEAGESP)

São conhecidas as propriedades dos alimentos vegetais frescos como fatores protetores para uma vida saudável. Sabe-se, também, que o consumo de frutas e hortaliças no Brasil esta muito aquém do recomendado, sendo urgente o aumento do consumo médio per capita, a fim de reduzir os índices crescentes de doenças crônicas não transmissíveis. Por outro lado, é da responsabilidade dos órgãos públicos ligados à produção e ao consumo dos alimentos garantir alimentos inócuos e seguros, que não causem agravos à saúde da população. A contaminação de frutas e hortaliças, pelo uso irregular de agrotóxicos, tem sido um tema que encontra grande repercussão na mídia, embora sejam frequentes os surtos de intoxicação por agentes microbiológicos em alimentos. A contaminação pela detecção de pesticidas sem autorização de uso tem sido a causa de 90% das ocorrências de irregularidades em frutas e hortaliças, não obstante as concentrações detectadas indicarem os mesmos níveis das concentrações verificadas nos produtos para os quais os pesticidas tem registro. Porquanto tenha sido editada norma visando permitir a superação do problema de registro, até o momento não são conhecidos os resultados de sua aplicação. Não basta que a ANVISA denuncie de forma recorrente o problema, porem, na posição de um dos principais responsáveis em garantir alimentos seguros à população, obriga-se a exercer essa atribuição, sob pena de revelar-se incompetente para o cumprimento dessa função.

 

 

Experiência do Grupo Pão de Açucar em rastreabilidade e qualificação de fornecedores

Tatiana Costa (Grupo Pão de Açúcar)

- Rastreabilidade na cadeia produtiva de Frutas, Legumes e Verduras

- Contribuição do programa qualidade desde a origem para o desenvolvimento da agricultura no país
- Controle e uso consciente de agrotóxico no campo 
- Ferramenta de avaliação de fornecedores
- Monitoramento e mapeamento de fornecedores
- Tendencias de frutas, legumes e verduras no varejo

 

Aviação Agrícola - Responsabilidade da União, Estados e Usuários

José Marçal Santos Júnior (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

Apresenta um panorama da legislação que regula a atividade da aviação agrícola bem como discute os limites e a harmonização entre a fiscalização federal e estadual sobre a atividade.

 

 

 

(*Situação em 6 de junho de 2012. Os resumos serão adicionados à medida que os palestrantes enviarem o conteúdo*)